sexta-feira, 23 de junho de 2017

Igrejas prestes a esvaziarem

Muitos concordam que as portas das igrejas estão escancaradas, aceitando que qualquer pessoa faça parte de sua membresia sem que primeiro dê sinais evidentes de conversão. Com isso a ideia das pessoas é que o cristão não é alguém que se parece com Cristo (ou ao menos tem isto como alvo), mas que é apenas mais um religioso, cujas crenças o tornam (ou o faz se achar) melhor e mais especial do que os outros.

Todavia a cada dia os acontecimentos me levam a crer que isto pode mudar. Não me refiro apenas a cristãos que estão estudando as escrituras (o que ainda não ocorre em nível expressivo, apesar de mais do que há alguns anos), mas às perseguições que estão começando a ocorrer em todo o mundo. Apesar de alguns quererem esconder, os muçulmanos que estão imigrando para Europa, América do Norte e até para o Brasil (parece que estão começando a chegar com mais força agora) e, o desejo deles é islamizar todos os países, se necessário for por meio da Jihad. Por outro lado o politicamente correto (que vem acoplado ao socialismo e seus valores que vem crescendo em diversos países mesmo os tidos como capitalistas) vem tentando acabar com valores cristãos da sociedade e fazer os cristãos se calarem (especialmente em assuntos como condenação a homossexualidade, liberdade de crença e outros direitos). 

Hoje, soube que o Senado do Canadá aprovou uma lei proibindo que alguém se manifeste de forma contrária a identidade de gênero. Ou seja, o direito de expressão está sendo tirado, tudo sob a alegação de que seria uma manifestação de ódio, e a pena para isso vai de multa a prisão. Aproveito para perguntar, e o ódio para com os religiosos que não creem nisto, como fica? Impune! Alegar ser crime de ódio tal tipo de postura é manifestar ódio contra o que pensa diferente. 

Ressalto aqui que, se o cristão declara que as pessoas estão indo para o inferno e que devem mudar sua postura (tanto o homossexual, quanto o mentiroso, quanto o assassino, quanto o corrupto, etc), isto não é incitar o ódio contra o outro, muito pelo contrário é amar, desejar que o outro tenha um fim (após a morte) bom e não de sofrimento eterno. Poderíamos chamar de discurso de ódio (e, principalmente, anticristão) se fosse dito algo como "o homossexual deve ser assassinado" ou "o ladrão deve sofrer linchamento na hora em que for pego roubando". Uma frase que ouvi algumas vezes e gostei muito, é que pregar o evangelho é o equivalente a um mendigo dizendo ao outro onde encontrar pão. O mendigo vai dizer "você que também está passando fome (em pecado e precisa de salvação), venha ver onde estão dando pão de graça (a graça salvadora de Deus). Onde está o ódio em dizer que o outro também precisa daquilo que o salvará?

Com esses acontecimentos não podemos acreditar que as igrejas sérias (no mundo todo) não esvaziarão. Muitos dos que "gostam da mensagem" não permanecerão pois, apesar de estarem em igrejas sérias, eles não são cristãos sérios, comprometidos com o ensinamento bíblico e abrirão mão de estarem lá para não serem vítimas de atentados de extremistas islâmicos (recomendo a leitura do livro "Perseguidos" de Paul Marshall que conta sobre diversos países islâmicos ou não, que perseguem pessoas de religiões não oficiais ou principais, mas principalmente os cristãos), para não serem punidos por não apoiarem a identidade de gênero e outras condutas que "os tornam criminosos" com base na legislação que vem sendo aprovada.

Deus está no controle. Sim, apesar de tudo o que está acontecendo e acontecerá de ruim, Deus não perdeu o controle da história, seu trem não está saindo dos trilhos rumo ao precipício, mas acredito que Deus está usando estas coisas não só como forma de punir os cristãos que não têm vivido como tais, como para que as pessoas passem a ver a igreja como um local de pessoas que vivem o que dizem crer. Com a perseguição surgindo (de maneira mais branda ou não), a igreja inicialmente esvazia, os que são joio (Mateus 13) saem de perto do trigo para não serem confundidos e punidos e assim a igreja renasce, reaviva, fortifica. Somente os que realmente se converterem se unirão a igreja, os outros manterão distância. É como o curioso que não se junta a uma manifestação, mas a observa de longe para não ser confundido com alguém do grupo e ser punido.

Ao longo de toda história, a igreja foi perseguida. Será a última perseguição antes do fim? Não sei, mas tenho esperança de que, se houver uma real perseguição (como a que ocorre na Coréia do Norte e outros lugares mais) os cristãos estejam firmes na rocha para resistir e "causar". Que a conduta deles abale as estruturas e faça com que a glória de Deus seja vista, levando a conversão até dos perseguidores para que sejam novos "Paulos".