segunda-feira, 22 de junho de 2015

Renovação da fé?

Muitos teólogos e até pastores, hoje em dia diante de uma teologia liberal/científica resolveram abrir mão de seus pressupostos de fé em nome de uma fé supostamente fundamentada, inteligente e inteligível. Todavia, não apenas não manifestam sua adesão a nova teologia (Não Bíblica), bem como, adotam discursos belos de bondade para com o próximo, diálogo com todos os credos de forma a igualar os conhecimentos, isentando a todos da detenção da verdade. O problema é que, infelizmente, esses ou não veem as consequências de seus novos pressupostos ou, pior, não os querem enxergar e sequer os aceitam quando confrontados. Alegam, também, que os fundamentalistas (seriam os que se fundamentam na Palavra, não é isso???) são radicais e apenas enxergam o que bem lhes interessam, utilizando-se do texto bíblico de maneira indevida.

Preciso dizer que, assim como o pastor e teólogo Augustus Nicodemus também entendo que essa isenção, "imparcialidade que os liberais têm" não existe. Em seus discursos a verdade está com todos, e com ninguém. Ninguém pode questionar a fé do outro sob pena de ser o detentor da verdade. Neste discurso a única verdade absoluta é que não há verdade absoluta (contraditório não?).

Com isso não quero dizer que por se dizer cristão, evangélico, ou como queira se autodenominar, a pessoa tem o direito inato de humilhar o próximo por esse não ser detentor da verdade e "ser um tolo por crer em mentira". Quem crê em algo não crê por saber ser errado, mas por enxergar naquilo a verdade. O respeito é necessário. E mais, eu diria que o mandamento de amar ao próximo (tanto no AT quanto no NT) se expressa nesse caso ao saber falar com amor e respeito. É através do testemunho e confiança que ganhamos que podemos expor nossas crenças sem atacar a do outro.

Como bom calvinista digo que pregar as Escrituras para quem estiver a nossa volta é necessário, mas se a conduta não condizer com o que alegamos crer, será tudo em vão. É Deus, através de seu Santo Espírito quem convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Devemos abrir a boca para pregar, mas sem sabedoria no uso das palavras apenas produziremos ódio ao Evangelho e aos cristãos. Santo Agostinho, por exemplo, se converteu sem ninguém ao lado lhe dizendo que estava errado. Apenas lendo a Bíblia o Espírito Santo o convenceu do pecado (isso não nos exime de pregar as Escrituras).

Quero alertar a todos que creem na Bíblia como Palavra de Deus inerrante a não aceitarem discursos que contradigam os ensinamentos que nela existem. Tenho visto muitos teólogos "cristãos" que usam discursos belos, acolhedores para com todos, mas que na base deles contradizem princípios bíblicos. E digo mais. Gente estudada, com alto nível de conhecimento científico, mas que abandonou a fé e tem tido muitos seguidores (tanto das redes sociais quanto na vida real).

Por fim, uma recomendação. Prestem atenção aos sermões, às postagens e até as falas mais simplórias. A fé renovada não é aquela que é atualizada por completo dia a dia, mas aquela que acolheu os 5 pontos da reforma: Sola Fide (somente a fé genuína é capaz de salvar o homem -  não há obra que colabore ou salve, ela é mero reflexo da fé) Sola Scriptura (somente a Escritura é fonte de fé e prática, e não filosofias diversas), Solo Christus (somente Cristo salva o ser humano - todos são pecadores, cristãos ou não), Sola Gratia (apenas pela graça de Deus somos salvos - não há em nós mérito ou bondade) e Soli Deo Gloria (toda glória deve ser dada a Deus, jamais a homens ou quaisquer outros seres criados). Sempre analisem todas as postagens, sermões, etc com a Bíblia aberta. Para isso, também é necessário lê-la constantemente e por completo.

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